"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL (FINAL)

Vídeo 9:

No mês passado, a campanha do aquecimento global o governo dos Estados Unidos, o outrora símbolo de resistência sucumbiu. George Bush é agora um aliado. Governos de todo o ocidente têm agora abraçado a causa pela necessidade de acordos internacionais para a retração das atividades industriais, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Mas qual é o custo real disso tudo?
Paul Driessen é um ex-ativista do movimento ecológico.

Paul Drisessen:
Minha grande preocupação com o aquecimento global é que as políticas adotadas para supostamente preveni-lo estão tendo um efeito desastroso entre os povos mais pobres do globo.

As pessoas da campanha do aquecimento global dizem que não há problema em optar pela via segura; mesmo que a teoria da mudança climática antropogênica esteja errada, devemos impor medidas draconianas para diminuir emissões de carbono, por via das dúvidas. Eles chamam isto de princípio preventivo.

Paul Driessen:
O princípio preventivo é uma selvageria bem interessante. É basicamente usado para promover uma agenda ideológica particular, sempre se usa em uma única direção. Fala-se sobre os riscos de se usar uma tecnologia em particular, combustíveis fósseis por exemplo, mas nunca dos riscos de não usá-la. Nunca se fala dos benefícios de se ter essa tecnologia.

Anne Mougeula está cozinhando uma refeição para seus filhos. Ela é uma entre 2 bilhões de pessoas, quase um terço da população mundial, que não têm acesso à eletricidade. Ao invés disso, precisam queimar madeira ou fezes animais ressecadas em suas casas. A fumaça interna que isto cria é a forma de poluição mais fatal em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde quatro milhões de crianças abaixo de cinco anos morrem todo ano por doenças respiratórias causadas por fumaça acumulada dentro de casa, e muitos milhões de mulheres morrem precocemente de câncer e doenças do pulmão pela mesma razão.

James Shikwati (Economist & Author):
Se você pedir a uma pessoa do campo para definir “desenvolvimento”, eles lhe dizem: “Eu saberei que passei para o próximo nível quando tiver eletricidade”. De fato, não ter eletricidade cria uma cadeia tão longa de problemas pois a primeira coisa da qual se sente falta é da luz. Então é preciso dormir mais cedo porque não há luz, não há razão alguma para ficar acordado, quero dizer, não se pode conversar um com o outro na escuridão. Nada de refrigeração ou embalagens modernas... significa que a comida não pode ser armazenada. O fogo na cabana gera muita fumaça e consome muita madeira para que possa ser usado como aquecimento. Não há água quente. Nós do Ocidente não podemos imaginar como a vida é dura sem eletricidade. A expectativa de vida de pessoas que vivem assim é muito baixa. Sua existência é empobrecida por todas as formas.

Há poucos quilômetros dali, a ONU está realizando sua conferência sobre o Aquecimento Global em seu quartel general protegido e luxuoso. Lojas de presentes estão vendendo souvenirs da vida camponesa enquanto os delegados discutem como promover o que são descritas como “formas sustentáveis de geração de energia elétrica”. A África tem carvão e petróleo, mas grupos ecologistas fazem campanhas contra o uso dessas formas de energia. Eles dizem, contudo, que a África e o resto do mundo subdesenvolvido deveriam usar energias solar e eólica. Em uma breve saída de Nairóbi, encontramos o primeiro painel solar. Um funcionário da saúde pública queniana levou-nos a uma clinica que atende diversas comarcas. As únicas peças elétricas na clínica são as lâmpadas e uma geladeira na qual se mantêm vacinas, medicamento e amostras sangüíneas. Eletricidade é fornecida por dois painéis solares.

Diálogo na clínica: (Entre o repórter e o médico Dr. Samuel Morangui responsável pelo posto de saúde na periferia de Nairóbi):
- O que você consegue efetivamente?
- Iluminação.
- O que acontece quando você liga as luzes e a geladeira? Conte-nos, o que acontece? Um alarme soa?
- Sim.
- Podemos ver isso?
(o Dr. Samuel liga a geladeira e as luzes: soa o alarme)

Os painéis solares permitem ao Dr. Samuel Morangui a usar ou suas luzes, ou sua geladeira, mas não ambos simultaneamente. Se ele tentar, a energia cai.

James Shikwati (Economist & Author):
Notoriamente não podemos confiar nas energias solar e eólica como fonte de eletricidade e elas são pelo menos três vezes mais caras que as formas convencionais de geração elétrica.
A pergunta deveria ser: quantas pessoas na Europa, quantas pessoas nos EUA, já usam esse tipo de energia, e quanto sai para eles, veja bem: se é cara para os europeus, se é cara para os americanos, e nós estamos falando dos pobres da África isso não faz nenhum sentido. Os países ricos podem pagar pela luxuosa empreitada de experimentar com outras formas de energia mas para nós, nós ainda estamos no estagio de sobrevivência.

Para o ex-ecologista Paul Driessen, a idéia de que as pessoas mais pobres do mundo deveriam ser restringidas a usar as formas mais caras e ineficientes de geração elétrica no mundo é o aspecto moralmente mais repugnante da campanha do aquecimento global.

Paul Driessen:
Deixe-me clarificar algo da melhor forma possível: se nós dissermos ao Terceiro Mundo que eles podem apenas usufruir das energias solar e elétrica, o que estamos realmente lhes falando é: “Vocês não podem ter eletricidade”.

James Shikwati (Economist & Author):
O desafio que temos, quando encontramos ecologistas ocidentais que nos imputam o engajamento no uso de painéis solares e de energia eólica, é: como podemos industrializar a África, porque eu não vejo como um painel solar pode alimentar uma indústria siderúrgica. Como um painel solar, veja bem, conseguirá alimentar talvez uma rede ferroviária. Pode funcionar, talvez, para alimentar um pequeno aparelho de rádio.

Patrick Moore (Co-founder, Greenpeace)
Eu acredito que um dos aspectos mais perniciosos do movimento ecologista moderno é a romantização da vida camponesa e a idéia de que as sociedade industriais são as destruidoras do mundo.

James Shikwati (Economist & Author):
Algo evidente que surge de todo esse debate ecologista é que existe alguém interessado em matar o sonho africano e o sonho africano é de desenvolver.

Patrick Moore (Co-founder, Greenpeace)
O movimento ecologista tornou-se a mais intensa corrente a impedir o desenvolvimento nos países subdesenvolvidos.

James Shikwati (Economist & Author):
Têm-nos dito: não usem os seus recursos, não usem o seu petróleo, isso é suicídio.

Patrick Moore (Co-founder, Greenpeace)
Eu acredito que é legítimo chamá-los de anti-humanos como “sim, você não tem que achar que humanos são melhores que baleias ou melhores que os burros, ou o que quer que seja, certo?”. Mas certamente não é uma boa idéia considerar os humanos como uma espécie de escoria você sabe, tudo bem em haver centenas de milhares deles ficando cegos, ou morrendo. Eu simplesmente não posso aceitar isso.

A teoria do aquecimento global antropogênico está atualmente tão profundamente arraigada, as vozes da oposição tão eficientemente silenciadas, que ela parece invencível, intocada por qualquer prova em contrário, não importando quão forte tal prova seja. O alarde do aquecimento global está atualmente além da razão.

Ainda haverá pessoas que acreditam que isso é o fim do mundo, particularmente quando você tem, por exemplo, o secretário da ciência no Reino Unido dizendo às pessoas que, no fim do século, o único lugar habitável em toda a Terra será a Antártica. E poderemos, a humanidade poderá sobreviver graças a alguns casais férteis que se mudaram para a Antártica. Isso seria hilário se na realidade não fosse algo tão triste.
Creditos:
Transcrição: Geekette and Eduard
Sincronia: Yonderboy
Tradução: Comunidade Olavo de Carvalho
Distribuição: Ramos Liquidificapum
Transcrição das legendas: Anatoli Oliynik

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