"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

domingo, 18 de janeiro de 2009

PALESTRA: Tomas Schuman (Yuri Bezmenov) - PARTE II

Vídeo 2/7
Uma geração. Um tempo de vida de uma pessoa, de um ser humano, que é dedicado a estudar, a formar a mentalidade, ideologia, personalidade. Não mais, não menos. Normalmente leva de quinze a vinte anos. O que inclui? Inclui: Influenciar, ou... – por vários métodos: infiltração, métodos de propaganda, contatos diretos, não importa muito, vou descrevê-los depois – várias áreas onde a opinião pública é formada ou moldada.
Religião, sistema educacional, vida social, administração, sistema fiscalizador legal, militar, é claro, e relações de trabalho (trabalhador) – patrão, economia, OK? Cinco áreas. Não vou escrever porque não vamos ter espaço suficiente. Às vezes quando descrevo todos os métodos alunos me perguntam “Você tem certeza de que isso é o resultado da influência soviética?” Não necessariamente. Veja, a tática da subversão sobre a qual estou falando é similar à arte marcial, a arte marcial japonesa. Se alguns de vocês estão familiarizados com esta tática, provavelmente vão lembrar que se um inimigo é maior, mais pesado que você, seria muito doloroso resistir a seu golpe direto. Se uma pessoa mais pesada quer me acertar no rosto, seria muito ingênuo e contra produtivo eu para seu golpe. A arte chinesa e japonesa do judô nos diz o que fazer. Primeiro evitar o golpe, e então agarrar o punho e continuar seu movimento na direção em que estava antes. Certo? Até que o inimigo bata na parede. Viu? Então... o que acontece aqui... O país-alvo obviamente faz algo errado. Se é uma sociedade livre, democrática, há vários movimentos diferentes dentro da sociedade.
Há, obviamente, em toda sociedade, pessoas que são CONTRA a sociedade. Podem ser criminosos comuns, em discordância com a política estatal, inimigos declarados, simples personalidade psicóticas que são contra tudo... Certo? E, finalmente, há o pequeno grupo de agentes de uma nação estrangeira comprados, subvertidos, recrutados. Certo? No momento em que todos estes movimentos estiverem direcionados em uma direção, - certo? – esta é a hora de agarrar este movimento e continuá-lo até que o movimento force a sociedade inteira ao colapso, à crise, certo?
Então esta é exatamente a tática da arte marcial. Não paramos um inimigo, nós o deixamos ir, AJUDAMOS ele a ir na direção em que nós queremos que eles vão. OK?
Então, na etapa de desmoralização, obviamente há tendências em cada sociedade, em cada país, que estão indo na direção oposta dos princípios e valores morais básicos. Tirar vantagem destes movimentos, faturar em cima deles é o maior propósito do originador da subversão.

Então nós temos:

1. Religião;
2. Educação;
3. Vida social;
4. Estrutura de poder;
5. Relações de trabalho – sindicatos;
6. Lei e ordem.

Estas são as área de aplicação da subversão. O que significa exatamente?

Religião: Destrua-a. Ridicularize-a. Substitua-a por várias seitas, cultos, que leva a atenção das pessoas, a fé, seja ela ingênua, primitiva... não importa muito – desde que o dogma religioso basicamente aceito seja erodido devagar e levado para longe do propósito supremo da religião, - manter as pessoas em contato com o Ser supremo – isto serve ao propósito. Logo, substitua as organizações religiosas aceitas, respeitadas, por organizações fajutas. Distraia a atenção das pessoas da fé real e atraia-as a várias fés diferentes.

Educação: Distraia-os de aprender algo que seja construtivo, pragmático, eficiente. Ao invés de matemática, física, línguas estrangeiras, química, ensine-os a história do conflito urbano, comida natural, economia doméstica, sua sexualidade, qualquer coisa, desde que te afaste, OK?

Vida social: Substitua as instituições e organizações tradicionalmente estabelecidas por instituições fajutas. Tire a iniciativa das pessoas, tire a responsabilidade das ligações naturalmente estabelecidas entre indivíduos, grupos de indivíduos e a sociedade como um todo e substitua-os por órgãos artificialmente e burocraticamente controlados. Ao invés de vida social e amizade entre vizinhos, estabeleça instituições de assistentes sociais. Pessoas que estão na folha de pagamento de quem? Sociedade? Não. Burocracia. A principal preocupação dos assistentes sociais não é a sua família, não é você, não é a relação social entre grupos de pessoas. A preocupação principal é pegar o contracheque do governo. Qual será o resultado do serviço social deles? Não importa realmente. Eles podem desenvolver todo tipo de conceitos para mostrar pro governo e para o povo que eles são úteis. OK. Pra longe dos elos naturais.

Estrutura de poder: Os órgãos naturais de administração que tradicionalmente ou são eleitos pelo povo em geral ou indicados pelos líderes eleitos da sociedade são substituídos ativamente por órgãos artificiais. Órgãos de pessoas, grupos de pessoas que ninguém elegeu, jamais! Na verdade, a maioria das pessoas não gosta deles de jeito nenhum, mais ainda assim eles existem. Um destes grupos é a mídia. Quem os elegeu? Como pode eles terem tanto poder? Poder quase monopolista sobre a sua mente! Eles podem violentar sua mente! Mas quem os elegeu? Como pode... Eles são... eles têm ousadia de dizer o que é bom ou ruim para o Presidente – eleito por vocês – e seu governo. Quem diabos são eles?! Spiro Agnew, que era odiado pela esquerda liberal, os chamou de “tropa de esnobes despudorados” e é exatamente o que são. Eles acham que sabem. Não sabem! O nível de mediocridade! Em grandes estabelecimentos como New York Times, Los Angeles times, grandes redes de televisão, você não tem que ser um jornalista excelente. Você tem que ser exatamente um jornalista medíocre. Você tem sua bela e boa renda: cem mil dólares por ano. E pronto. Se você é melhor ou pior, não importa mais, desde que você sorria pra câmara e faça seu trabalho. É isso. Não há mais concorrência. Estrutura de poder lentamente é erodida pelos órgãos e grupos de pessoas que não têm nem qualificação, nem a vontade do povo para mantê-los no poder, e ainda assim eles têm poder. OK.
Junto com isto há outro processo.

Fiscalização, lei e ordem: a organização está sendo erodida. Nos últimos vinte, vinte e cinco anos se você ver os filmes antigos e os filmes novos, você verá que nos filmes novos um policial, um oficial do exército americano parece burro, raivoso, psicótico, paranóico. E o criminoso parece legal, tipo... bem... Ele fuma maconha e injeta a droga qualquer... mas basicamente ele é um ser humano bonzinho. Ele é criativo. E ele é improdutivo só porque a sociedade o oprime, enquanto um general do Pentágono é sempre por definição um burro, um maníaco guerreiro. O policial é um porco. Um policial rude, ele abusa do poder. Sabe? Uma generalidade... uma generalização como esta. O ódio, a desconfiança para com as pessoas que devem te proteger e fazem cumprir a lei e a ordem. Relativismo moral.
Link para assistir a PARTE II
Continua na PARTE III

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