"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"

sexta-feira, 20 de março de 2009

A Pretexto do combate à globalização RENASCE A LUTA DE CLASSES

Título original: A pretexto do combate à globalização RENASCE A LUTA DE CLASSES
Autor(es): Gregório Vivanco Lopes e José Antonio Ureta
Editora: Cruz de Cristo Ltda
Assunto: Sociologia (Anarquismo, comunismo)
Edição: 1ª
Ano: 2002
Páginas: 94

Sinopse: As agitações e o quebra-quebra promovidos por movimentos de esquerda em Seattle (EUA, 1999), Göteborg (Suécia, 2001), e mais recentemente em Gênova (2001), por ocasião da reunião dos Chefes de Estado do G-8, chamou a atenção da opinião mundial para o fenômeno que vinha despontando nos últimos três anos. Trata-se da contestação – por vezes violenta – contra a globalização e a atual ordem econômico-social etiquetada de neoliberal, levada a cabo por grupos aparentemente sem nexo entre si. Porém, bem observado o fenômeno, constata-se que essa luta tem servido de pretexto para a consolidação e entrelaçamento de tais grupos, que vão assim constituindo a nova e perigosa rede internacional de esquerda, de cunho claramente anarquista.

Assim, as manifestações de rua nas citadas cidades, bem como a realização do I Fórum Social Mundial (fevereiro de 2001) e o Fórum Mundial de Educação (setembro de 2001) preparam e delineiam os contornos de um bloco anarco-comunista mundial, ora em gestão.

O presente estudo denuncia esse imenso esforço de âmbito universal para a criação de uma nova Internacional comunista, desde já denominada nos meios da esquerda radical de Internacional Rebelde.

É o próprio comunismo que ressurge, porém metamorfoseado, conforme previra o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira. E desta vez levando claramente como companheira de viagem a “esquerda católica”. O combate à globalização é a ocasião – quase diríamos o pretexto – para que essas forças remanescentes se recuperem do trauma sofrido com a queda do império soviético e se reagruparem.

Um apanhado sucinto talvez ajude o leitor a manter no espírito os pontos essenciais desenvolvidos neste trabalho.

Na Introdução encontram-se as bases do presente estudo e as distinções necessárias para bem compreendê-lo.

A matéria do Capitulo I versa sobre a gênese, preparação e realização do I Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre – de importância capital nessa aglutinação das esquerdas – bem como o perfil ideológico de seus mentores;

No Capítulo II fica demonstrado o papel-chave da “esquerda católica” na articulação que está dando origem à Internacional Rebelde;

O Capítulo III torna claro – no contexto da ação das esquerdas desde a queda do Muro de Berlim – que o comunismo renasce agora, metamorfoseado;

O Capítulo IV analisa o porquê de alguns grupos assumirem a violência, enquanto outros a rejeitam. E aponta para o fato de a direção dos fóruns, em particular o de Gênova, tomar uma posição de ambigüidade benevolente em relação aos violentos, aceitando-os em seu seio.

No Capítulo V põe-se em realce o grau de engajamento dos católicos italianos na realização do Fórum de Gênova e suas manifestações de rua; o desconcertante apoio que dois Cardeais e muitos membros do Clero italiano deram ao evento, bem como seu recuo parcial após a violência desencadeada;

No Capítulo VI são analisados os fundamentos doutrinários dos novos anarquistas e sua trajetória, partindo de Bakunin e terminando em Chomsky e Toni Negri, os principais ideólogos do neo-anarquismo e da Internacional Rebelde.

Por fim a Conclusão indica que a verdadeira opção para o mundo hodierno não se encontra nos anelos igualitários por uma sociedade autogestionária, que tende a desembocar no caos, mas na sociedade orgânica, base fundamental da Civilização Cristã.

Os trágicos acontecimentos de 11 de setembro criaram um impasse inesperado para os propulsores da Internacional Rebelde: objetivamente ou não, boa parte da opinião pública mundial começou a relacionar com o terrorismo os novos contestatórios, dado o caráter violento de muitas de suas manifestações.

O certo é que a rede mundial de movimentos de esquerda radical, reunidos na Internacional Rebelde, por representar para a civilização Cristã um perigo bem maior, do ponto de vista religiosos-político-social-econômico, do que os terroristas do Al Qaeda. Alertar a opinião pública para a dimensão deste perigo, indicar-lhes as causas e sugerir os meios para evitá-lo é o objetivo do presente ensaio.

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